terça-feira, 16 de novembro de 2010

ModPerl

Eu não costumo escrever post relativamente a isto, mas estive um dia à volta desta pequena, importuna e mísera configuração.
Então aqui vai. Para todos os que estão ou estarão com problemas na configuração do ModPerl, eis os passos que eu segui para funcionar:

1º Synaptic -> procurar por mod_perl e escolher as packages que se pretende instalar. É evidente que lá no meio deverá estar libapache2-mod-perl2 (para que estiver a usara apache2, o que é o meu caso)

2º abrir o ficheiro /etc/apache2/sites-available/default (em modo root/sudo) e acrescentar as seguintes linhas:

PerlModule ModPerl::Registry
<Location "/o_meu_site/">
SetHandler perl-script
PerlHandler ModPerl::Registry
Options +ExecCGI
</Location>

3º sudo /etc/init.d/apache2 restart

E já está.
Para experimentar escrevam uma scriptzinha foleira, tipo

#!/usr/bin/perl

use CGI;
my $query= new CGI;
print $query->header;
print "hello people in my head\n";


Existem várias explicações de como configurar o apache para correr o mod_perl. Esta foi a única que verdadeiramente resultou comigo. Vou ter de investigar porquê. Desconfiem sempre daquelas que dizem que têm de mexer no apache.conf, o apache2 foi pensado para se ter de alterar o menos possível esse ficheiro. Muitas das alterações passam apenas pelo ficheiro sites-available/default
Onde é que eu fui buscar ajuda? No sítio onde deveria ter ido directamente (eu já devia de saber melhor): http://www.perlmonks.org/.

Espero ajudar alguém com este post e boa sorte!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A importância da cor

Este post, para mim, corresponde a um tema "antigo". No entanto, ainda são várias as pessoas com as quais eu converso que desconhecem qual a mensagem que uma cor pode transmitir. Para quem é da área de comunicação, marketing ou design já sabe com certeza do que eu falo.
De facto, qualquer um tem sub-conscientemente a noção de que uma cor corresponde uma emoção. Não estou a falar do nosso gosto pessoal mas sim do significado atribuído pela sociedade em que estamos integrados. Passemos a exemplos e vejam se intuitivamente já não sabiam o significado de cada cor. No entanto quero frisar que as minhas fontes passaram por livros de Webdesign e não sites duvidosos que atribuem significados holísticos a tudo o que se mexe e não se mexe no mundo terrestre e celeste.

Vermelho, a cor do fogo e do sangue, está ligada à adrenalina, pressão arterial e que estimula o nosso metabolismo. É extremamente rica, intensa, excitante, vibrante e enérgica. Associa-se ao poder, coragem e ambição, ao amor e paixão mas também à agressão e perigo. Os tons mais acastanhados são associados com o Outono e a altura das colheitas. Na China está ligada à boa sorte e à celebração, na Índia à pureza, na África do Sul ao luto, no Oriente é utilizada pelas noivas. É também uma cor associada ao Natal e ao Comunismo.


Rosa, a cor do amor e romance... O rosa mais activo, tal como o vermelho, estimula o metabolismo e aumenta a pressão arterial. É muito feminino, está ligado à sensualidade, excitação e energia. É uma cor alegre, luzidia e divertida. Já o rosa claro está associado à delicadeza, doçura, suavidade, ternura, fidelidade, amizade e compaixão. No Japão é uma cor masculina.

Laranja, a cor do "pôr do sol", também estimula o metabolismo, estimula a actividade mental e abre o apetite (pronto, já sabem qual a usar cor para um Web site de um Restaurante). É extremamente activa e energética sem contudo transmitir a agressividade do vermelho. É uma cor expansiva, quente, alegre, vibrante e informal. Poder representar generosidade ou ambição. Está ligada à criatividade, os Protestantes têm-na como uma cor religiosa, para os Hindus é uma cor sagrada, no Ocidente representa o Outono (os tons mais avermelhados) e nos EUA é usada no Halloween.


Amarelo, a cor do sol, estimula o processo mental, o sistema nervoso e activa a memória. Transmite alegria, energia, alegria e entusiasmo. Intuitivamente associamos-a aos frutos. Está ligada à filosofia, idealismo, imaginação e juventude, mas também à inveja e doença. Na China é uma cor sagrada e imperial, na Índia é a cor da casta dos agricultores e os Hindus usam-na no festival da primavera, no Egípto significa luto, no Japão coragem.


Verde, a cor das plantas, relaxa mentalmente e fisicamente, ajuda a aliviar a depressão, ansiedade e o nervosismo. Remete-nos para as nossas origens: a natureza. Transmite esperança, generosidade, cura, frescura, crescimento, renovação, fertilidade, sucesso, boa sorte. Em muitas religiões significa está associada à ressurreição e regeneração. No entanto, também está ligada à inveja. Nos EUA é a cor do dinheiro, é a cor identificativa da Irlanda, na China está ligada ao exorcismo, no Japão à vida eterna, na Índia é a cor do Islamismo e em certos países tropicais significa perigo. É a cor utilizada pela maioria dos exércitos e pelos ecologistas. É uma cor bastante versátil e mais suave para os olhos do que o amarelo, laranja ou vermelho.

Castanho, a cor da terra, do planeta, estabiliza o metabolismo e proporciona um sentido de ordem. Transmite à estabilidade, resistência, confiança, simplicidade, amizade, conforto e fertilidade. Na Índia está ligada ao luto. Muitas empresas de produtos naturais usam o castanho.

Azul, a cor do céu e do mar, acalma e reduz o apetite (por isso, não a usem para Web sites de restaurantes). Transmite tranquilidade, estabilidade, serenidade, segurança, transparência, ordem e inteligência. É uma cor muito utilizada por empresas sobretudo as que querem passar uma imagem mais conservadora. Está também ligada à tecnologia. Esta é uma cor que no Ocidente também pode estar associada à depressão e tristeza, na China à imortalidade, para os Hindus é a cor de Krishna. Das diferentes tonalidades podemos focar o azul turquesa simboliza a calma e é apelativo às mulheres. Já o azul esverdeado transmite riqueza e sofisticação. No entanto, os homens tendem a preferir o azul relativamente ao vermelho mas as mulheres demonstram o comportamento oposto.

Púrpura, a outra cor do pôr do sol, acalma a mente e o sistema nervoso. Por factos históricos, está ligada à realeza. De facto, em tempos remotos era a cor mais difícil de obter para tingimento de tecidos, só os mais ricos é que tinham posses para os obter. Portanto, está ligada ao poder, riqueza, respeito, sabedoria e espiritualidade. É uma cor também associada à extravagancia, mistério e à independência. Na Tailândia é usada pelas viúvas. Está ligada às flores e pedras preciosas.

Branco, a cor da luz e da neve, ajuda a clareza mental, encoraja a ultrapassar obstáculos. Transmite pureza, inocência, clareza e neutralidade. Está também ligada à precisão e à esterilidade. No Ocidente e no Japão é a cor utilizada pelas noivas, na China e algumas zonas de África está associada ao luto. É a cor da bandeira da paz.

Preto, a junção de todas as cores, a cor da escuridão, proporciona uma sensação de vazio (por vezes benéfica). Transmite autoridade e poder. Está associada à morte, medo, infelicidade, sexualidade e sofisticação. No Ocidente está ligada ao luto (em Portugal, Espanha, Itália, Grécia e México é a cor usada pelas viúvas), na China está associada ao elemento água e é a cor utilizada pelos rapazes. Está intimamente ligada com a noção de peso físico: uma pessoa vestida de preto aparenta ser mais magra; entre uma garrafa preta e uma branca inconscientemente dizemos que a garrafa preta é a mais pesada.

Cinzento, a cor das rochas, da intemporalidade. Transmite neutralidade, sossego e frieza. Está ligada ao intelecto, conhecimento, sabedoria, autoridade, conservadorismo, qualidade, requinte e classe. A título de curiosidade: o olho humano consegue distinguir cerca de 500 tons diferentes de cinzento.
Publicar mensagem

Cores pasteis, na Coreia significam confiança, na Índia são cores femininas.
Cores quentes, transmitem calor e movimento, encontram-se entre o vermelho e amarelo: laranja, rosa, castanho.
Cores frias, acalmam e reduzem a tensão.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Conversar através da Web

Podem pensar que vou falar sobre redes sociais, mas tal não é verdade.
Tal como podem notar, estive bastantes meses afastada das "lides" da Web. Agora que estou de volta tenho de me actualizar. Como tal, decidi pegar no básico: HTML. Encontro-me a ler "HTML5: A vocabulary and associated APIs for HTML and XHTML" da W3C. São 683 páginas de puro deleite, mas ainda só vou na página 190.
Até agora tem sido uma leitura interessante e que me fez reflectir sobre a forma como concebemos e implementamos Web sites. A perspectiva que neste momento tenho do HTML5 é que nos oferece a oportunidade de termos a "casa arrumada". O aparecimento de tags tais como: header, footer e nav, oferece-nos a oportunidade de colocar o conteúdo no seu respectivo lugar. Muitos de nós, mesmo nas versões de HTML e XHTML, já o fazia-mos através do uso de divs com ids específicos. Eu própria, tenho a tendência de dividir a minha página em 3 grandes blocos: cabeçalho, conteudo e rodapé. Agora passo a ter uma maneira "legal" de o fazer.

Mas não é bem o estruturar que aqui está em questão. O que me fez pensar é que agora podemos de uma maneira limpa "contar a história" da nossa página web: "Ora bem, estamos no documento XPTO, cujo o cabeçalho é constituído pelo logotipo e o título ABC e com uma estrutura de menus 123. No conteúdo encontramos as secções XYZ com uma secção publicitária à parte. Fechamos este documento com o rodapé onde existe mais uma estrutura de menus, os termos legais e o copyright."

Quando cheguei a este ponto de actividade mental, dei por mim a pensar: mas os programadores não estão minimamente preparados para isto! De facto, para efectivamente aproveitar ao máximo os recursos oferecidos pelo HTML5 é realmente necessário reflectir no conteúdo da página Web antes de a escrevermos. A presença de tags como section e article leva-nos a outra dimensão de expressão na Web para a qual o comum programador não está sensibilizado.

Entretanto o meu raciocínio "deu outro salto" e comecei a lembrar-me das vulgares empresas (ou prestadores de serviços) que desenvolvem web sites. Em geral, estas trabalham com ferramentas já pré-definidas e CMSs. Até que ponto estas ferramentas já estão preparadas para este novo tipo de escrita? Será que as empresas vão apostar na formação dos seus programadores para que estes evoluam? Será que estes (programadores), mesmo após terem o conhecimento o vão aplicar? É muito mais fácil e rápido definir uma página estruturada em blocos div do que estar a pensar como a definir com header, nav, section, aside, footer, ...

Concluindo, eis o que 190 páginas de leitura de "HTML5: A vocabulary and associated APIs for HTML and XHTML" podem fazer ao cérebro. A esta altura "do campeonato" fico a pensar se a Web já está preparada para falar correctamente este novo discurso, quem vai realmente implementar estas novas definições e como vão ser implementadas.
Daqui a 200 páginas escrevo novo post com algumas ideias mais esclarecidas (espero).